Luto

Como alguém que gosta muito de história, sempre me perguntei como era a vida das pessoas em períodos únicos e extremos. Como as pessoas tocavam a sua vida durante uma guerra, uma revolução ou um grande desaste natural. Pois bem, agora estou descobrindo.

Eu faço parte do grupo de felizardos cujo trabalho foi minimamente afetado pela situação atual. Que pôde continuar trabalhando em busca dos seus objetivos e pensando em qual o próximo passo da carreira e da vida pessoal. Mas em alguns momentos, ainda que agradecido por teste privilégio, tudo parece trágico e um pouco sem sentido. É impossível pensar em comemorar qualquer conquistas, quando milhares de família ao seu redor estão em luto. De certa forma, todo sorriso parece ser meio falso, quando você acorda todo dia e sabe que todas as pessoas que ama estão em perigo e não há praticamente nada que você possa fazer.

Embora a pandemia tenha mais de um ano, nas últimas semanas era se tornou uma tragédia diária. Já passamos da fase em que as estatísticas diárias de mortem são o que realmente nos tocam. Os números perdem sentido, quando são pessos próximas de você que estão na fila de hospitais ou quando vê a dor de amigos que têm que lidar com esta situação e não há nada a fazer. Apenas a impotência.

Tem uma passagem na bíblia que diz “Mil cairão ao seu lado e dez mil a sua direita, mas tu não serás atingido.” E embora o maior desejo é que isto seja verdade para nós e nossos entes queridos. É impossível que tantas pessoas pereçam e sofram à nossa volta, e parte de nós, ainda que momentaneamente, não pereça junto.

O desastre em Manaus e falta de responsabilidade individual no Brasil

A tragédia em Manaus comoveu todo o Brasil e provocou uma justa revolta contra o governo. Embora me pareça inegável a responsabilidade do governo, tanto federal quanto estadual, a reação a esta tragédia apresenta um traço característico da sociedade brasileira: culpamos o Estado por todos os problemas sociais e ao mesmo tempo tendemos a eximir completamente as pessoas das consequências dos seus atos

Segurndo reportagem do G1 o governo do Amazonas já previa um colapso do seu sistema de saúde, tendo entre os motivos as festas de fim de ano. Ou seja, a trágica situação que observamos no Amazonas não ocorre por acaso e nem é uma surpresa. Embora a nova cepa do vírus possa explicar parte do aumento dos casos, o momento em que o caos se instaurou não foi por acaso. O salto no número de casos e o subsequente colapso do sistema de saúde local aconteceu, pelo menos em parte, porque a população em geral escolheu ignorar a pandemia e seguiu em frente com as típicas comemorações de fim de ano. Pois bem, o coronavirus não tirou recesso de final de ano e o caos se instaurou.

Isto não é uma crítica ao povo amazonense, pois aparentemente este comportamento foi generalizado no Brasil. e Infelizmente para a população do Amazonas, as condições locais eram tais que este comportamento levar à tragédia. Mas é apenas uma constatação de que ainda que seja provável que se as regras de distanciamento sociais tivessem sido seguidas, provavelmente não estaríamos observando tamanha tragédia. Este fator não é tão discutido, como a responsabilização dos governos.

A inegável ineficiência do Estado brasileiro criou uma desculpa automática para qualquer problema que afete a sociedade como um todo, e a partir disso criamos uma narrativa nacional onde o Estado é a explicação para todas as mazelas sociais e ao mesmo tempo a única fonte possível de solução. Conseguimos reclamar das enchentes muitas vezes causadas por bueiros entupidos de lixo, mas não nos lembramos que nós mesmos jogamos este lixo nas ruas. O governo tem que forçar um lockdown, ou as pessoas irão agir como se não houvesse uma pandemia. De alguma forma, esquecemos dos possíveis impactos sociais das nossas ações, ainda que muitas vezes impactos sejam negativos e afetem nós mesmos e nossos entes queridos. O Brasil tem diferentes problemas em vários níveis, mas me parece pouco provável que iremos chegar longe sem desenvolver este senso de responsabilidade social.

“Ás vezes ando de mansinho pelo metrô só para ficar escutando. Ou fico à escuta nos bebedouros de refrigerantes e sabe de uma coisa? – O quê? – As pessoas não conversam sobre nada. – Ah, elas devem falar de alguma coisa! – Não, de nada. O que mais falam é de marcas de carros ou roupas ou piscinas e dizem: “Que legal!”. Mas todos dizem a mesma coisa e ninguém diz nada diferente de ninguém.”

Fahrenheit 451

Uma sociedade focada no entretenimento, onde as pessoas buscam constante estímulo audiovisual quando estão acordadas e precisam da ajuda de remédios para conseguir dormir. Onde a busca pelo prazer e pelo conforto é a regra mais importante, e qualquer coisa que possa levar a algum grau de desconforto ou sofrimento é abominado. Seja ter uma relação mais profunda com o esposo, com os filhos, ou mesmo consigo mesmo através de reflexão. Por fim, uma sociedade onde os livros foram não apenas abandonado e deixados de lado, mas criminalizados. É esta a sociedade que serve como pano de fundo para a história do bombeiro Montag, que ao invés de apagar incêndios tem como missão incinerar livros, e se necessário, queimar também os teimosos que ainda insistem em lê-los.

Fahrenheit 451 narra a transformação de Montag de um bombeiro que queima livro em alguém em fuga por lê-los. Embora o livro tenha muitos comentários sociais relevantes, nenhum me marcou tanto quanto ao vazio das pessoas daquela sociedade. Conforme representado na passagem destacada acima, as pessoas são vazias. Vazias e iguais. O entretenimento de massas retratado no livro levou às pessoas a não terem nenhum conteúdo. A não ter nada a realmente compartilhar uns com os outros, pois todos estão constante buscando experiências prazerosas, porém rasas. Tipo um doce extremamente gostoso, mas nada nutritivo. Isto provavelmente me chamou a atenção, por de alguma forma lembrar a própria sociedade em que vivemos.

Na sociedade representada no livro, o que levou à situação de banimento de livros não foi uma censura governamental, mas apenas a própria tecnologia e sua utilização para exploração das massas. Surpreendentemente, este livro foi escrito em 1953. Muito antes da existência de smartphones, internet, e redes sociais. Uma era onde a maior fonte de informação não são livros ou jornais, mas sim “amigos virtuais.” Muitos dos quais nós nunca conhecemos.

Uma sociedade de pessoas vazias, pouco interessadas em relações profundas com o outro e onde todos compartilham as mesmas ideias e gostos. Ainda não chegamos a este nível trágico. Mas não deixa de ser uma possibilidade. As redes sociais nos acostumaram a criar “câmaras de eco”, de tal forma que é possível que muitas pessoas têm perdido a habilidade de lidar com ideias contrárias, ou que se sentem “atacadas” se alguém critica alguma de suas posições.

No fim, são as nossas diferenças que nos tornam interessantes. Que dá algum valor à interação humana. Apenas o diferente pode te ajudar a enxergar a vida de uma forma diferente e te ajudar a crescer. Desta forma, a principal mensagem do livro para mim é que a única forma de termos conteúdo é aceitarmos diferentes dos outros. A busca por tornar todos iguais, pode acabar nos tornando desinteressantes, ou ainda pior, pode nos tornar intolerantes com aqueles que ousam ser diferentes.

Essencialismo e o paradoxo da escolha

O paradoxo da escolha é um conceito desenvolvido por Barry Schwartz no livro de mesmo nome, publicado em 2004, ao analisar nossas escolhas como consumidores. O paradoxo é que, embora associemos uma maior quantidade de opções como algo benéfico, a partir de uma certa quantidade o aumento de opções gera mal estar, estresse, e no limite, incapacidade de tomar decisão. Uma situação que já virou meme e representa bem isto, é o hábito de passar horas navegando pelo serviço de streamings como Netflix, sem saber o que escolher. Não por falta de opção, mas por serem em excesso, e por não queremos escolher “a errada”, acabamos por não escolher nenhuma.

Schwartz oferece algumas explicações sobre o porquê o “excesso” de opções pode vir a ser algo ruim. Entre elas, que o fato de que por termos muitas opções acabamos criando expectativas extremamente altas e inatingíveis, e que portanto implicam em uma necessária frustração e decepção. Outra causa de perda de bem estar é o “remorso do comprador”, por termos tantas opções, após comprar um bem qualquer, ficamos pensando como uma das outras opções poderiam ter sido melhor e acabamos por não conseguir aproveitar plenamente aquilo que adquirimos. Mas uma explicação que considero ainda mais relevante, ao menos para a paralisia ao ser confrontado com múltiplas possibilidades, é o fato de que com o aumento de variedades, a distinção entre elas necessariamente diminui, tornando desta forma mais difícil compararmos umas às outras e fazer uma escolha, de tal forma que algumas vezes acabamos por não saber o que escolher. Ainda que desenvolvido originalmente na análise da escolha de consumidores, o paradoxo da escolha não é observado apenas quando estamos escolhendo o que comprar ou qual série assistir, mas também em nossa vida pessoal e profissional.

Embora seja inegavelmente chato perder horas escolhendo o que assistir ou se perguntando qual o modelo de celular ideal para se comprar, caso o paradoxo não fosse observado também em nossas vida pessoal e profissional, ele seria pouco relevante para a maioria das pessoas. Mas se temos dificuldades de tomar decisões quando estamos no supermercado, imagina quando estamos escolhendo sobre onde morar ou qual oferta de emprego aceitar. Escolhas sérias e que poderão ter impacto duradouro em nossas vidas. A nossa dificuldade de tomar decisões é pervasiva e, quando olhamos de perto, percebemos que este paradoxo são apenas sintomas desta nossa falta de habilidade em tomar decisões. E eu percebi esta dificuldade, da pior maneira possível, sofrendo de ansiedade ao ter que tomar uma decisão e sofrendo de arrependimento após tomá-la.

Há cerca de um ano atrás, me vi em uma situação aparentemente desejável. Tinha à minha frente dois caminhos profissionais distintos e que me pareciam igualmente desejáveis. Ou seja, aparentemente uma boa situação para se encontrar, mas o que eu sentia naquele momento era uma enorme aflição, pois eu não sabia o que escolher. Deseja fazer a melhor escolha possível, mas não fazia ideia de qual critério utilizar para definir qual seria a resposta correta. Mas como na vida pessoal/profissional uma escolha e decisão é sempre necessária, mesmo com aflição fiz a minha escolha. E assim que esta decisão foi formalizada, percebi que havia cometido um erro.

O que fez eu perceber o equívoco e me causou agonia após a escolha, não foi ter me colocado em uma situação ruim, mas perceber que o meu processo decisório foi errado e que acabei fazendo a escolha pelos motivos errados. Após reconhecer que eu não soube como tomar uma decisão importante e todo o sofrimento mental que isto me causou, resolvi investigar formas de tomar melhores decisões. Foi nestas investigações que acabei por ler o livro Essentialism: the disciplined pursuit of less e descobri o Essencialismo.

A necessidade de saber o que realmente é importante

O princípio básico do essencialismo é que poucas coisas são realmente relevantes para alcançarmos os nossos objetivos, e portanto devemos focar nossos esforços em descobrir o que são estas coisas importantes e nos dedicar a elas, ignorando o restante. De certa forma, o essencialismo é apenas uma aplicação do princípio de Pareto, também conhecido como regra 80/20, que estabelece que em muitas situações 80% dos resultados podem ser explicados por apenas 20% dos esforços. Segue-se portanto que ao lidar com um problema, é mais relevante focar nos 20% das causas essenciais e resolvê-las do que tentar solucionar tudo e desperdiçar energia relevante em aspectos pouco relevantes para o problema.

Mas se aceitarmos esta ideia, temos que definir como descobrir quais os aspectos centrais do problema, os 20% essenciais. E esta é a primeira lição do essencialismo, antes de querermos propor uma solução ou escolha definitiva, precisamos entender e especificar qual o problema que estamos querendo resolver. Isto é importante pois muitas vezes nossas emoções sobre uma situação tornam-se tão fortes, que esquecemos de estabelecer qual a real natureza do problema e focamos apenas nos seus aspectos imediatos e mais visíveis e perdendo a visão do que realmente estamos buscando.

Em resumo, antes de começarmos a buscar a elusiva escolha perfeita, devemos investigar bem qual o problema que estamos querendo resolver, pois apenas após definirmos isto claramente, conseguiremos ter uma ideia de quais são os aspectos essenciais para a solução do problema e portanto ficaremos mais próximo do que seria a resposta correta. É necessário saber que, dado a incerteza extrema que cerca as nossas vidas, não haverá nunca uma resposta 100% perfeita. Mas uma correta definição do que queremos resolver, pode nos ajudar a pelo menos evitar erros óbvios e a agonia subsequente.

No seu TED TALK, Barry Schwarz conclui que poderíamos melhorar a nossa qualidade de vida, restringindo a quantidade de escolhas disponíveis. Embora eu aceite que isso possa diminuir o estresse da escolha, acho difícil de aceitar que isto necessariamente levaria a um aumento de bem estar geral. Afinal, quem iria definir as escolhas que seriam mantidas e quais seriam eliminadas? A solução para este paradoxo, para mim vem de conhecermos bem o problema que queremos solucionar. Isto pode ser, conhecer bem a nós mesmo, e qual carreira faria sentido para nós. Ou com quem faria sentido se relacionar. A pergunta é como fazermos isto, mas isto é assunto para um próximo texto.

Quando os fatos mudam, nossa opinião deve mudar também

Uma das coisas mais difíceis que existe é abandonar uma ideia que você defendeu publicamente. Ao fazer isto, ligamos a nossa imagem àquilo e acabamos tendo uma relação mais emocional que racional com a ideia previamente defendida. A partir deste momento, temos dificuldade de separar uma crítica à ideia com um ataque a nós mesmo. E, ao invés de adotarmos uma posição crítica à nossas crenças, procuramos motivos para continuar acreditando no que já defendíamos. Fazemos isto por ser desconfortável assumir que estávamos errados.

Este parece ser o principal motivo pelo qual vemos pessoas boas e inteligentes, ignorando vários acontecimentos que vão em direção contrária à sua crença inicial e que acabam defendendo o indefensável.

Mas não existe nada de errado em mudar de posição sobre um assunto, a partir do momento que temos acesso à novas informações ou ao adquirimos novos conhecimentos. Na verdade, a capacidade de mudar de ideia é uma das maiores virtudes que podemos ter. É necessário coragem para lidar com as consequências de assumir que se estava errado, e esta coragem não é algo que todo mundo tenha.

Se no processo de mudar de visão ou posição, alguém tentar te ridicularizar ou cobrar que você mantenha a sua posição antiga, a melhor resposta é a seguinte: “Quando os fatos mudam, eu mudo de opinião. E você faz o que?”.

February 26th – To each his own

Another has done me wrong? Let him see to it. He has his own tendencies, and his own affairs. What I have now is what the common nature, has willed, and what I endeavor to accomplish now is what my nature wills.”
— MARCUS AURELIUS, MEDITATIONS, 5.25

 

We must be slow to react when people get us mad. When we are irritated, we are driven mostly by our emotions, and this warrants care and attention. If we answer quickly, without stopping and reflecting, we may take actions that we will regret later. It’s better to let it go. To try to understand the other person, her motivations, and the lessons we can learn. In the end, revenge and hate makes good to no one.

February 25th – The Smoke and dust of myth

Keep a list before your mind of those who burned with anger and resentment about something, of even the most renowned for success, misfortune, evil deeds, or any special distinction. Then ask yourself, how did that work out? Smoke and dust, the stuff of simple myth trying to be legend…”
– Marcus Aurelius, MEDITATIONS, 12.27

We spend much time worrying, fighting, complaining, desiring, or just getting exhausted in actions that drive us mad. But for what end? There is none. When we stop to look, life tranquil. Most of us do not have to worry about having food, water, and shelter; but we find a way to become miserable, nonetheless. Why? Is this inherent to our human condition? Or is it society? I don’t know. But it’s a bit shocking to accept this. We make ourselves miserable, unnecessarily. We must just be easier for ourselves and let life go on. Contentment is achievable; all that is necessary is to let it go unnecessary desires and demands. If we focus on what is essential, we will be happy.

February 24th – The real source of harm

Keep in mind that it isn’t the one who has it in for you and takes a swipe that harms you, but rather the harm comes from your own belief about the abuse. So, when someone arouses your anger, know that it’s really your own opinion fueling it. Instead, make it your first response not to be carried away by such impressions, for with time and distance self-mastery is more easily achieved.”
Epictetus, ENCHIRIDION, 20

A key lesson of stoicism is that events do not affect us, but our perceptions about the situation. This implies that most of the situations are not intrinsically good or bad, but our interpretation of the fact that will dictate this. Think how differently you react to a lover, speaking the same words if you are happy with him or enraged by some past act. It’s your mood that determines your reaction and not your partner’s actions per se. And consider now how many discussions you had in your life because you just were not “in the mood.” Stoicism is about controlling our perceptions in such a way that we will be able to see the facts for themselves, and not letting our moods and prejudices to direct our reactions.

So, when someone takes an action that enrages us, we must remember. It’s our choice to be harmed. If a child says that you’re ugly, you may smile and get shy, but you probably wouldn’t get angry. So why act differently with an adult? Why should we expect more, just because he spent more time on Earth? We shouldn’t. When somebody says something nasty about you, there are just two possibilities: It may be true, so you should just accept and move. Or it is false, and so you should ignore and move on because the only proper reaction to lies is indifference.

If you choose no to be harmed by words, you will not be harmed. If you’re able to ignore stupid people, you will earn peace of mind and deprive them of their desire to making you feel bad.

 

 

    

February 23rd – Circumstances have no care for our feelings

You shouldn’t give circumstances the power to rouse anger, for they don’t care at all.”
– Marcus Aurelius, MEDITATIONS, 7.38

Why bother getting mad at causes and forces far bigger than us? Why do we take these things personally? After all, external events are not sentient being – they cannot respond to our shouts and cries – and neither can the mostly indifferent god.” – Ryan Holliday

 

The key message here is that the Universe does not care about us. First, because it is not a sentient being, therefore it has no feelings. And even if it were, it does not seem much probable that it would care about such irrelevant animals like us. Humans are wired for human interactions, and consequently, we tend to anthropomorphize everything, from mundane objects to the universe itself. And like all incorrect perceptions of reality, this leads us astray.

Whenever something bad happens to us, we cry: “Why me?” But there is no “why”. Things just happen, this is all. But we are unable to accept our irrelevance and fragility, so we fool ourselves by giving significance to every event. But to complain about the universe is useless because there is no one listening to you.

All we can do is to use the current situation for improving ourselves and becoming better prepared for the next problems we will have to solve. As the Hawaiian saying goes: “Behind the mountain, there is another mountain.” And the only way to make the next climb easier is to learn in the current hiking. Our emotions are irrelevant to circumstances, so let us make them invulnerable too.

February 22th – What’s better left unsaid

Cato practiced the kind of public speech capable of moving the masses, believing proper political philosophy takes care like any great city to maintain the warlike element. But he was never seen practicing in front of others, and no one ever heard him rehearse a speech. When he was told that people blamed him for his silence, he replied, ‘Better they not blame my life. I begin to speak only when I’m certain what I’ll say isn’t better left unsaid.'”
– Plutarch, CATO THE YOUNGER, 4.

“Speak only when necessary, and then briefly.” I read this in some place, and it is truth.